Adriana
Finalmente chegamos a El Chalten, uma pequena cidade, a capital do trekking, muito charmosa e aconchegante, se localiza em um vale que habita mais ou menos cinco mil pessoas no verão. no inverno só permanecem aproximadamente 900 pessoas, de tao rigoroso que é o frio os próprios habitantes se mudam para cidades mais quentes.
No dia seguinte o destino foi El Calafate, o caminho foi bem atraente. Ao avistarmos um lago com água verde, resolvemos fazer uma trilha, seguindo até sua margem para sentirmos a temperatura daquela água verdejante. a velocidade do vento quase nos carregava de tão forte. e Para isto foi necessário andar fora da rota por mais ou menos 8 km em trilha com bastante pedra e areia.
Ao anoitecer chegamos a El Calafate, reencontramos Evandro e Ideise que já nos aguardava com a programação do dia seguinte em mãos: “Amanhã é o grande dia, vamos andar no gelo!” Disseram eles...
No outro dia depois de um bom café seguimos para o Parque dos Glaciares, que ficava a 80 km de El Calafate. Primeiro andamos pela passarela. foi fantástico, dali foi possível avistar a altura do enorme glaciar Perito Moreno, e até alguns pedaços de gelo que ao caírem fazem um tremendo barulho que mais parece um trovão apavorante.
O melhor foi o trekking no gelo que fizemos. Aventura total. De barco fomos até o outro lado do lago, que depois de algumas orientações e divisão do grupo seguimos com o guia Leo, que à margem do lago nos falou sobre o Glaciar Perito Moreno.
Depois de colocar nos pés os chamados grampones, a caminhada no gelo foi uma experiência inédita, parece que estamos em outro planeta, o que avistamos montanhas de pedras brancas com enormes rasgos azuis e quedas d’água formando riachos e até ‘sumidouros’ com mais ou menos dez metros de profundidade e um largura, segundo os guias que nos acompanhava. O percurso é perigoso, devido ao risco de quedas. porque andamos por caminhos que eles fazem na hora, como “escadas” e “trieiros” que temos de seguir á risca como nos orientam. É tão sério que um grupo de quinze pessoas é acompanhado por dois guias. Ainda, crianças menores de dez anos não podem fazer este trekking, e não adiantou insistirmos, a regra é geral, bem que tentamos convencer o agenciador, mas ele nos explicou que caso aconteça algo o seguro não se responsabiliza por menores e ainda, o percurso é difícil, mesmo que no final eu até concordei com ele.
Próximo destino era a Aduana do Chile seguindo para o Parque Nacional Torres Del Paine, onde em um percurso de 50 km vimos lindas paisagens naturais das torres que são formadas de pedras vulcânicas e enormes granitos, com montanhas cobertas de gelo ao seu redor, lagos de cor indefinida entre o verde e o azul, animais selvagens. Depois a Caverna do Milodon, um animal que dizem ter morado ali há mais de 10 mil anos. Acreditem, as nossas cavernas "brasileiras" tem historias e visuais muito mais espetaculares e interessantes do que eu vi aqui. Porém o que me chamou a atenção foi a política de marketing chilena, nessa região do Parque Nacional, pagamos R$ 140,00 para entrar e percorrer o circuito de carro, ainda pagamos para conhecer a caverna e para almoçar, o qual não foi muito bom. Pagamos caro, porém, com segurança de estradas boas, banheiros restaurantes e até policiais que circulam pelo parque oferecendo ajuda. O que me surpreendeu muito, quando furamos um pneu traseiro e eles passaram a todo o momento perguntado e oferecendo ajuda. Depois de sairmos do Parque seguimos para Porto Natales a procura de uma borracharia, o que foi muito difícil de encontrar. Quase desistindo encontramos um mecânico que se dispôs a nos atender e mais uma vez descarregamos toda a bagagem e fazer a troca de pneus – o que já tínhamos feito no meio da estrada, pois o step, só tem como soltar de baixo do tapete do porta-malas.
Chegamos a Punta arena muito tarde, e com dificuldade para encontrarmos hotel conforme nossa necessidade.
Ontem acordamos e seguimos para nosso destino tão esperado USHUAIA!
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
10° ao 15° dia. - El Calafate - Punta Arenas
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